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Falar da importância da tecnologia para os diferentes setores do mercado já soa redundante. Passamos pela transformação digital e agora vivemos a fase de adaptação, onde a grande maioria dos processos são realizados com o auxílio de novas tecnologias e onde o mercado, por sua vez, tem se tornado mais competitivo ainda, justamente por isso. Agora, a conversa é sobre inovação, estratégia e o que podemos fazer de melhor com tudo isso. 

Na logística interna, vemos uma transformação radical na forma com que as empresas gerenciam suas cadeias de suprimento e abastecimento. Desde a automação de processos até o uso de sistemas avançados de rastreamento e análise de dados, a tecnologia proporciona maior eficiência, precisão e visibilidade em todas as operações de intralogística. 

Essa revolução tecnológica não apenas otimiza os fluxos, reduzindo custos e tempo, como oferece uma resposta ágil às demandas do mercado.

TECNOLOGIA PARA LOGÍSTICA INTERNA

Segundo estudo semestral de inovação realizado pela PINTEC, cerca de 85% das indústrias de médio e grande porte utilizam tecnologia digital avançada – um contingente que domina as rédeas do mercado e determina os caminhos sobre seus concorrentes. Afinal, a tecnologia digital tem sido um impulsionador decisivo de diferencial competitivo. 

Quanto às transportadoras, segundo pesquisa desenvolvida pela NextLog, 77% afirmam investir em soluções tecnológicas para a otimização de seus negócios.  

Dentre os grandes operadores logísticos, até 87% afirmam utilizar o Sistema de Gerenciamento de Transporte (TMS) e o Sistema de Gerenciamento de Depósito (WMS), recursos especializados na gestão de operações de logística interna (de acordo com dados do Instituto de Logística – ILOS).

Neste cenário, fica evidente a necessidade de estarmos atentos às últimas tendências do ramo para um trabalho mais assertivo e, principalmente, nivelado àquele desenvolvido hoje pelos principais players deste mercado. 

TENDÊNCIAS DE LOGÍSTICA INTERNA PARA 2024

Algumas das várias tendências inovadoras que despontam no ramo da logística interna atualmente destacam-se em meio às demais por sua aplicabilidade a aspectos específicos da intralogística. 

O gerenciamento de armazéns, por exemplo, demanda atenção redobrada com relação a possíveis equívocos, manutenção de estoque e equipamentos de forma eficiente, gestão de possíveis conflitos com precisão e agilidade, e capacitação especializada da mão de obra responsável. 

Com as ferramentas corretas de otimização para o gerenciamento de armazéns, é possível:

  • Manter a integridade da cadeia de suprimentos, enriquecendo e cultivando a relação de confiança com fornecedores e clientes
  • Controlar inventário, entradas e saídas, monitorando níveis de estoque em tempo real e rodando análise de dados dos produtos
  • Organizar e monitorar o espaço disponível, a fim de estabelecer contagem cíclica de itens e otimizar o layout do armazém 

Hoje, como ferramenta já consolidada no mundo e no Brasil, o SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE DEPÓSITO – ou Warehouse Management System (WMS) – utilizado por 87% dos operadores logísticos no país (segundo dados do Instituto de Logística), tem como principal funcionalidade o rastreamento do estoque, que assegura a classificação e a armazenagem correta de todos os produtos disponíveis.

Os resultados previnem perdas de mercadoria, risco de não recebimento da matéria-prima de forma apropriada e extravio de materiais.

Já quanto à gestão de ativos, destacam-se as tecnologias de IDENTIFICAÇÃO POR RADIOFREQUÊNCIA

Para grandes cargas, com enorme quantidade de produtos, o código de barras pode não ser a mais eficiente das ferramentas para um monitoramento completo que considere cada um dos itens. 

Com o RFID, os códigos que identificam os produtos são lidos por antenas, a partir das ondas de rádio. Isso significa um alcance de identificação ainda maior, possibilitando, inclusive, a busca por produtos que estejam em deslocamento ou com baixa acessibilidade.

Neste caso, a implementação do RFID:

  • aumenta a eficiência em fluxos operacionais para gerenciamento de um grande número de mercadorias
  • permite o acompanhamento em tempo real do abastecimento, da análise de avarias, do armazenamento e da expedição dos itens
  • protege os ativos contra eventuais falsificações

Por último, a COMPUTAÇÃO EM NUVEM representa, acima de tudo, eficiência num mercado que cresce e se transforma com a mesma agilidade que suas operações demandam. A “nuvem” é onde recursos vitais para o funcionamento de uma empresa estão alocados de forma remota, sem que seja necessário uma infraestrutura física ou servidores locais para tanto. 

Em termos de logística interna, um sistema integrado de controle, identificação, monitoramento e avaliação de mercadorias e suas movimentações, que utilize a computação em nuvem, é também um sistema mais seguro, mais rápido e mais efetivo

Por quê?

  • Escalabilidade: a computação em nuvem permite dimensionar rapidamente os recursos necessários às operações de intralogística de acordo com as necessidades, inclusive, sazonais e de alta demanda.
  • Flexibilidade: com acesso a dados e aplicativos de maneira remota, equipes em trânsito ou de diferentes localidades podem gerenciar operações intralogísticas de maneira muito mais ágil. 
  • Colaboração: as plataformas em nuvem, com seus compartilhamentos de dados, facilitam a colaboração entre diferentes partes envolvidas na cadeia de abastecimento, como fornecedores, transportadoras, distribuidores e clientes.

BENEFÍCIOS DA TECNOLOGIA PARA A LOGÍSTICA INTERNA DO SEU NEGÓCIO 

Apesar de tecnologias para a intralogística apresentarem claros benefícios aos negócios, de curto e longo prazo, há desafios a serem vencidos quando falamos em investimento concreto nestas ferramentas, como:

  • Resistência para com os custos envolvidos nesse tipo de investimento 
  • Percepção equivocada de que os retornos não os justificam
  • Falta de capacitação das equipes mobilizadas para lidar com estes recursos

A verdade é que a tecnologia tende a nos “atropelar” – principalmente no ramo logístico, de tamanha precisão e rapidez exigidas – caso não venhamos a torná-la uma grande aliada e enxerguemos o seu incrível potencial de criar resultados.

Logo, a implementação de soluções inovadoras não apenas reduz os custos operacionais, minimizando desperdícios e aumentando a precisão nas operações, como também promove uma resposta mais rápida às mudanças nas demandas deste mercado tão movimentado e em constante evolução, contribuindo para a construção de uma cadeia de logística interna que seja mais eficaz e, sobretudo, resiliente.